quinta-feira, 6 de setembro de 2012

um poema de doze de junho

um poema para todos os que acham,
pensam, intuem, percebem,
desconfiam, descobrem,
e não conseguem disfarçar.
um poema para todos os que sabem.
sim porque há os que sabem,
os que sempre souberam.
ah, você sabe...
até mesmo eu sei de vez em quando.
um poema para todos os que dizem,
ou que sem querer falam,
em olhares, acenos, silêncios,
gritos, sussurros ou suspiros,
em cartas, e-mails ou telefonemas.
um poema para todos os que viram
e se lembram em cenas de cinema,
em quadros, fotografias ou letras de música.
um poema para os que falam
como querem as orquestras
ou como querem as orquídeas.
um poema para os que falam
até mesmo em três simples palavras,

o que é, o que foi, e tudo que ainda flor
um amor.

FERNANDO KOPROSKI
do livro Tudo que não sei sobre o amor

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