quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ela me falava que escrever era como morrer sol num mar de
monet eu bebendo minha dor como se fosse saquê ela me falava
que amor não era o que vênus vê mas o que psiquê um dia
pisque eu bebendo minha dor como se fosse whisky ela me
falava que mesmo que matisse mentisse eram flores de luz o que
vincent pensava às cores em contra-ataque eu bebendo minha
dor como se fosse conhaque ela me falava como se cada fala
aonde silêncio falta fosse nosso beijo esculpido por rodin a todo
instante eu bebendo minha dor como se fosse chianti.

quando ela me falava de sua dor, eu já bebendo qualquer coisa.


Fernando Koproski
do livro
Tudo que não sei sobre o amor
 
 

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