quinta-feira, 6 de setembro de 2012


síndrome de romeu

nesse armário de indiferenças
há tanto por vestir
mágoa lágrima rancor

felicidade, para e pensa
não sou mais um lugar
a me separar de onde vou

os que têm na alma morte imensa
faz o favor de não insistir
analgésicos nesta febre de flor

é que trago no sangue suspensas
tantas julietas
quanto meu ódio possa supor

em manhãs de insistências
tantas são as rosas
cortando os pulsos neste jardim

mas se ninguém mais vê jardins
apenas deixo nuvens
a tudo quanto não escrevi
amor

nesse armário de indiferenças
há tanto por vestir
meus poentes onde mesmo
os fui pôr?

poema do livro Nunca Seremos Tão Felizes como Agora
Fernando Koproski

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