E continuando a série de “Grandes
Escritores, Grandes orelhas”, tenho o maior orgulho de postar hoje a orelha que
o querido Rodrigo de Souza Leão fez pra meu livro Nunca Seremos Tão Felizes Como Agora (7letras, 2009):
A
poesia de lírica amorosa parecia ter se esgotado no fogo de um tempo onde o
amor furtivo e o sexo casual estão cada vez mais em voga. Parecia , mas
ainda bem que existem poetas como Fernando Koproski, que mesmo tocando em
temática tão abordada na poética moderna, conseguem alcançar enorme êxito e
fazem uma renovação e uma revalorização dos modos de escrever a paixão e o
relacionamento entre homem e mulher nos dias atuais. Em tempos onde é fácil
dizer que ama, mas é difícil encarar de uma forma séria tudo aquilo que o amor
dá e tudo aquilo que tira. Encarar a solidão a dois. Desmascará-la. Enfrentar o
fogo que arde sem se ver. Aceitar-se enamorado e apaixonado.
O
que existe por detrás de cada pensamento encantado? É isso que está no livro Nunca seremos tão felizes como agora. Este
que o leitor está abrindo nesta hora pontual, no dia certo, no mês correto e
sempre oportuno. E então, estará conhecendo alguns aspectos peculiares da
contemporaneidade daquele sentimento que não muda. Ou muda?
Há
muito que o homoerotismo vem fazendo um upgrade
do tema. Porém faltava tratar a questão com o vigor e o viço da atualidade:
mais especificamente no âmbito da relação homem e mulher. Vinicius de Moraes, o
poeta da Paixão com P maiúsculo, é uma das influências, não sei se tão
angustiadas de Koproski. Mas o projeto do novo poeta paranaense vai além de
seguir os passos do mestre. Ele trabalha a linguagem de uma forma diferente e
mais próxima do momento em que estamos vivendo. Fragmentação. Descontinuidade.
Fugacidade. Tudo isso é tratado de maneira dionisíaca e apolínea. Ora, como se
pudéssemos e estivéssemos namorando com nós mesmos. Em outro momento, entregando-nos
de forma irremediável ao verdadeiro encontro.
Decerto
que Fernando Koproski tem como projeto literário (vide seus livros anteriores)
tratar de questões amorosas. Mas também é claro que ele o faz de maneira ímpar.
O opúsculo tem poemas em prosa de uma beleza rara e de uma inegável qualidade
literária, que está em versos belos como, por exemplo: “minhas asas mutiladas /
não sabem ferir / o que eu sinto”. Mentira ou verdade? O poeta finge a dor que
deveras sente? O leitor que decida. Enquanto se apodera da grandeza de sua
poesia.
Rodrigo de Souza Leão
http://www.livrariascuritiba.com.br/nunca-seremos-tao-felizes-como-agora-autores,product,LV244140,3393.aspx
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