tem gente que diz "sou para-raios de loucos".
nesse sentido, acho que sou "para-raios de sociopatas"... e às vezes
até "para-raios de psicopatas" mesmo... alguns anos atrás escrevi
este poema sobre um deles... hoje, ele não me incomoda mais. mas fica o poema
como registro de um tempo nojento... porque até isso, pode virar poesia, não?
POEMA PARA AS MÁS LÍNGUAS
busque teu ódio novas mágoas,
mais invejas e mesquinharias
pode mirar toda a tua artilharia
em mim ou na minha poesia
pois eis que visto apenas
uma armadura de epiderme,
só o que o coração me der
à prova de teus beijos de berne
se teu coração tem cãibras
de tanto ódio acumulado
ou é apenas sua estupidez
entupindo as veias e vasos
não sei mas em todo caso
contra ti não levanto a mão,
poesia, muito menos coração
dou só a outra face da página
ou o verso de meu rosto
estampado na lâmina da lágrima
pois onde você apenas vê
uma página em branco,
eu sei a pureza inabalável:
minuto a minuto da multidão calada,
os séculos de silêncio em cada
página sonhando acordada
Fernando Koproski
do livro “Retrato do amor quando verão, outono e inverno” (7letras,
2014)
http://www.livrariascuritiba.com.br/retrato-do-artista-quando-primavera-aut-paranaense,product,LV341627,3393.aspx
http://www.livrariascuritiba.com.br/retrato-do-amor-quando-verao-outono-inverno-aut-paranaense,product,LV341626,3393.aspx
também disponível na
livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)
ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski
ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski
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