quarta-feira, 30 de abril de 2014

fragmento do poema de Leonard Cohen
tradução: Fernando Koproski
este poema faz parte da antologia poética “ATRÁS DAS LINHAS INIMIGAS DE MEU AMOR” (7Letras)

à venda, pra todo o Brasil, nas livrarias Curitiba:

http://www.livrariascuritiba.com.br/atras-das-linhas-inimigas-de-meu-amor-aut-parana,product,LV220048,3406.aspx

terça-feira, 29 de abril de 2014


SAMBA ANTIGO

tristeza, quando oferece a mão ela quer o braço
    amor, pra que chorar? se a dor ocupa mais espaço?
se o blues fosse solução para meus problemas
    pra matar um amor bastaria atirar no coração do poema

amor, escrevi pra você um novo samba antigo
    só para tua dor acabar, acabar dançando comigo
amor, escrevi pra você a canção mais bonita
    com o amor maior que existe mas você não viu nada

você só chorou, mas pra que chorar, amor?
    se a tristeza são máguas passadas
eu te amo tanto e desde quando
    soluço é solução para as coisas do coração?

cantei a tua solidão na maior altura
    nessa canção pra acabar com teu tédio
cantei, cantei, cantei porque é minha função
    cantei a tua solidão do andar mais alto do meu prédio

amor, escrevi pra você um novo samba antigo
    só para tua dor acabar, acabar dançando comigo

Fernando Koproski
do livro “Retrato do artista quando primavera” (7letras, 2014)


os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba, f. 3039-6895)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski

quarta-feira, 23 de abril de 2014

este foi o poema que saiu na versão impressa da Gazeta do Povo. aproveito a ocasião pra agradecer a todos os amigos pelo carinho... abraço do fernando!

FIM DE JOGO

só para você saber, mágica:
não tem mais nada aqui dentro
isso aqui é só uma máquina
de carne pra marcar o tempo

aquele que antes me traía
ou distraía a todo momento
de tão afiado que vinha
fatiava a lágrima do vento

só para você saber, poema:
não tem mais nada aqui dentro
isso aqui é só uma ampulheta
de sangue pra passar o tempo

aquele que driblava minha emoção
só fingia que brilhava pra multidão
não sei se foi defeito ou passe perfeito
mas aquele coração eu matei no peito

Fernando Koproski
do livro “Retrato do artista quando primavera” (7letras, 2014)

os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski

terça-feira, 22 de abril de 2014

GAZETA DO POVO

CADERNO G - CAPA
PERFIL

As quatro estações da poesia

Tradutor de Leonard Cohen, poeta curitibano Fernando Koproski lança dois livros que encontram olhares singulares em temáticas universais

  • 21/04/2014, 00:01
  • SANDRO MOSER
  • Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
  • Koproski refletido: poetas devem viver e morrer
Ao poeta não é permitido fazer o leitor de otário escrevendo sobre algo que não se viveu. “A poesia é apenas uma evidência de vida. Se tua vida alimenta bem o fogo, a poesia é apenas a cinza”, explica o poeta curitibano Fernando Koproski, citando um verso que ele mesmo traduziu de outro poeta bem vivido, o canadense Leonard Cohen. É desta cinza que Koproski trabalha a arquitetura dos poemas que compõem os livros que lança simultaneamente neste mês pela editora 7 Letras: Retrato do Artista Quando Primavera e Retrato do Amor Quando Verão, Outono e Inverno.

As duas obras finalizam paradoxalmente a trilogia Um Poeta Deve Morrer, iniciada com a publicação de Nunca Seremos Tão Felizes Quanto Agora (7 Letras, 2009).
Os dois livros, como seus títulos sugerem, têm andamentos e humores diferentes que cinzelam os textos de Koproski no tom de cada uma das estações do ano.
O livro da primavera é um “livro de canções”. Sambas, blues, flamenco, rock. Boa parte dos textos, inclusive, já foi musicada pelo compositor Carlos Machado, um dos parceiros recorrentes do poeta. “Os textos nasceram deste contato com a música, com a canção que precisa ser uma forma clara de poema”, explica.

Escrito predominantemente em versos livres, os poemas são mais líricos e amenos do que os das outras estações. Koproski explica que surgiram de uma “vontade de tentar usar uma linguagem mais clara, mais direta”. “A poesia, muitas vezes, impõe barreiras e obstáculos ao leitor, o que talvez seja um dos motivos que afastam as pessoas”, analisa. No segundo livro, “as outras estações estão em oposição ao estado musical da primavera”, na definição do autor.

O inverno de Koproski traz um percurso familiar carregado de nuvens, de morte com imagens angustiadas e nervosas do desamor. “A cada dia que passa Deus fuma mais compulsivamente. Desde aquela nossa última noite juntos, ele fuma um sol atrás do outro...”. Já o outono é melancólico como um blues, sob forma de poemas em prosa, alguns com temas de preocupação social. O verão serve como um prenúncio de morte, uma exacerbação da harmonia lírica da primavera.

Rock-and-Roll
A poesia de Koproski sabe falar da lua, de mulheres, do amor e de sua frágil e perturbadora instabilidade. Temas que já foram mote de milhares de versos de bons e maus poetas, mas que reaparecem de forma original, sem afetações ou maneirismos melosos. No texto de apresentação de “Primavera”, o também poeta curitibano Antonio Thadeu Woijciechowski reconhece uma “ira santa, um amor bombeando versos no nosso sangue”. Fica clara a influência de autores “sem frescura” como Bukowski, que Koproski também traduziu para o português. “Acho que a poesia me chegou pelas letras das músicas. Foi isso que me forjou”, disse.

Koproski também procura confrontar academicismos e literatices que mutilam a poesia “(... seguindo o procedimento padrão eles tentaram retirar cada um dos seus órgãos, isolaram verso a verso as veias artérias aurículas e ventrículos enfim todo o sistema vascular e circulatório do poema ...).”

E mostra um amadurecimento irônico ao contestar sempre a necessidade de publicar mais um livro de poesia. “Este é um livro feito para ficar encalhado na estante, para durar quando muito um instante”, alerta no texto de abertura do livro.
BIOGRAFIA
Autor é letrista e já traduziu poemas de Bukowski
O escritor, poeta, tradutor e compositor Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 1973. Publicou, além das obras recém-lançadas os livros de poemas Manual de Ver Nuvens (1999), O Livro de Sonhos (1999), Tudo Que Não Sei Sobre o Amor (Travessa dos Editores, 2003), Como Tornar-se Azul em Curitiba(Kafka, 2004) e Nunca Seremos Tão Felizes como Agora (7 Letras, 2009).
Como tradutor, organizou e traduziu as Antologias Poéticas de Charles Bukowski – Essa Loucura Roubada Que Não Desejo a Ninguém a Não Ser Eu Mesmo Amém (7 Letras, 2005) e Amor É Tudo Que Dissemos Que Não Era (7 Letras 2012); e também a antologia poética de Leonard Cohen, Atrás das Linhas Inimigas do Meu Amor (7Letras, 2007). Como letrista de músicas tem composições gravadas por Beijo AA Força, Alexandre França e Carlos Machado.
LIVRO 1
Retrato do Amor Quando Verão, Outono e Inverno
Fernando Koproski. 7 Letras,128 págs. R$ 34.

LIVRO 2
Retrato do Artista Quando Primavera
Fernando Koproski. 7 Letras, 128 págs. R$ 34.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O RECITAL DE POESIA

meio-dia em ponto
numa pequena faculdade perto da praia
sóbrio
suor escorrendo em meus braços
uma gota de suor na mesa
que esmago com o dedo
maldito dinheiro maldito dinheiro
deus devem pensar que adoro isso como os outros
mas é para o pão e a cerveja e o aluguel
maldito dinheiro
estou  tenso    péssimo    me sentindo mal
pobres coitados    estou fracassando    estou  fracassando

uma mulher se levanta
sai
bate a porta

um poema sujo
alguém me disse para não ler poemas sujos
aqui

tarde demais.

fragmento do poema de Charles Bukowski
Tradução: Fernando Koproski
do livro ESSA LOUCURA ROUBADA QUE NÃO DESEJO A NINGUÉM A NÃO SER A MIM MESMO AMÉM (7 Letras)





terça-feira, 15 de abril de 2014

AFINANDO O SANGUE

lamento mas meu coração
    não quer mais saber de lamentação
quanto mais ele for coração
    mais ele irá cantar essa canção

sinto muito mas meu coração
    não irá cortar outro coração
meu coração não quer
    mais saber de escoriação

quanto mais ferido ele tiver
    mais ele irá cantar essa canção
amor, eu vou cantar e cantar e cantar
    até calar essa sede de canção do meu coração

meu coração não irá cansar
    até encontrar outro coração
quanto mais perdido ele tiver
    mais ele irá cantar essa canção

meu coração não será mais um encouraçado
    atirando para tudo quanto é lado
ele estará mais para uma fronteira frágil,
    uma fortaleza fácil entre a flor e o aço

afinando o sangue eu vou pedir perdão
    até que meu coração fale como uma oração
amor, eu vou cantar e cantar e cantar
    até calar essa sede de canção do meu coração

Fernando Koproski
do livro “Retrato do artista quando primavera” (7letras, 2014)

os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski 

segunda-feira, 14 de abril de 2014


UMA LUA SAPATEANDO NO TABLADO (parte 2)

presenciar todo o gestual de vento
de braços, pernas e mãos
de uma bailarina de flamenco
é ver uma lua sapateando no tablado

riscando no chão
toda a arquitetura do sentimento
enquanto dança
cada extremidade pontiaguda da paixão

é ver uma lua
com dois mil metros de pernas
atravessando uma floresta incendiada

a mesma lua que não mostra suas coxas grossas
dançando a insuportável beleza
de mil mortes caladas em seus vestidos

é ver uma lua dançando
enquanto seus braços de garça
e seus quadris de lago avançam,
escorrem
e deslizam na sua frente

enquanto suas mãos de nuvem
se abrem e se fecham
desenhando no ar
os ossos e músculos das nuvens

as mesmas mãos que calam nos vestidos vermelhos
ondas de tecido despetalado
e recém-coagulado

presenciar todo o gestual de vento
de uma bailarina de flamenco
é ver mãos, braços e pernas
que guardam em toda a fúria da delicadeza

a pureza de uma morte completa

Fernando Koproski
do livro “Retrato do artista quando primavera” (7letras, 2014)


os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski

sexta-feira, 11 de abril de 2014


Pois é, todo mundo tem seu dia da faxina. Pra uns é sexta-feira. Pra outros é sábado... mas ela é fatal, sempre vem...

CANÇÃO PRA SER FELIZ

se te dessem trela
você não seria capaz
de se fazer poeta
e acender um verso

e queimar poemas
até apagar as estrelas?
você não seria capaz
de fazer tudo por ela?

se te dessem ela
você não seria capaz
de lavar a louça
e passar aspirador?

e esfregar o chão,
passear com o cão
e passar a roupa,
tirar o pó da casa toda?

ah, meu amigo
você diz que não é,
que nunca foi disso
de pôr a roupa no varal

mas você ia esfregar
o chão que ela pisa,
dançar o vendaval
até fazer brisa

você ia torcer o pano
sem torcer o nariz
veja só até onde, fernando,
você foi pra ser feliz

Fernando Koproski
do livro “Retrato do artista quando primavera” (7letras, 2014)


os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski

quinta-feira, 10 de abril de 2014


Escrevi este poema em 2007, e ele saiu tão natural como o suor. Depois de 2 anos e meio sendo obrigado a escrever um texto inútil para uma (de)preciação crítica igualmente inútil, finalmente eu estava limpando meu corpo das toxinas do meio acadêmico... rsrs...

UNIVERSIDADE FEDERAL

primeiro
eles amarraram
o poema
na mesa de cirurgia
e o drogaram
e o intoxicaram
durante semanas
com toda forma conhecida
até o momento
de artigos ensaios teses e dissertações

eles se dedicaram
eles realmente se esforçaram para anestesiar
as simples e naturais
capacidades expressivas do poema

depois
seguindo o procedimento padrão
eles tentaram retirar cada um dos seus órgãos
isolaram verso a verso as veias
artérias aurículas e ventrículos
enfim todo o sistema vascular e circulatório
do poema

mas mesmo assim
os órgãos continuaram pulsando
separadamente

para surpresa e desgosto de todos os doutores
em literatura presentes
os órgãos internos
do poema
apresentavam
de forma insuportavelmente musical
e intoleravelmente ritmada
a mesma arritmia lírica
que o autor havia denunciado
em muitos momentos simples espontâneos
e aparentemente sem significância
de sua biografia

como isso era possível?

eles simplesmente não compreendiam
como aquele poema
sem rigor científico algum
depois de completamente
e meticulosamente esquartejado
poderia ainda estar
vivo

o que eles fizeram então?

eles isolaram a área
lacraram as portas
cimentaram as janelas
queimaram todas as evidências
distribuíram cianureto para todos os envolvidos
pois não poderia haver registro
ou testemunho futuro
que comprovasse uma falha assim

um fracasso como esse
poderia muito bem comprometer
seus currículos lattes para sempre
e arruinar suas carreiras na universidade

depois disso
os poucos que restaram
após semanas e semanas
de muitas mesas de discussão
de literatura
chegaram à seguinte conclusão
lida em ata pelo mediador
ao final da sessão:

– visto que ele não pode mais ser apanhado
e que os seus poemas
não quiseram colaborar conosco,
teremos que pôr em prática
o plano B...

algum dos ilustres doutores
que acompanharam o caso Koproski...
por acaso sabe onde mora
a sua musa?

Fernando Koproski
do livro “Retrato do artista quando primavera” (7letras, 2014)

os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski


quarta-feira, 9 de abril de 2014


De 5 em 5 minutos
enquanto chove
passa todo ônibus que não é o meu
de 5 em 5 minutos
a máquina do mundo engasga,
as suas engrenagens perdem fôlego
e ela tosse sangue e óleo queimado
de 5 em 5 minutos
a máquina do mundo vê
mais um poeta no meio do caminho
e sem pensar duas vezes o atropela
de 5 em 5 minutos
chove e chove e chove
de 5 em 5 minutos
se passam muito mais do que cinco minutos
de 5 em 5 minutos
uns morrem de câncer
outros de solidão
de 5 em 5 minutos
a solidão foi tomando
um a um os seus órgãos
de 5 em 5 minutos
a solidão foi comendo
mastigando ele por dentro
até que um dia acabou morrendo
de solidão generalizada
de 5 em 5 minutos
ainda chove
de 5 em 5 minutos
os sonhos crescem como ervas daninhas
em teus mais belos e conformados
jardins da mente
de 5 em 5 minutos
novas formas de beleza
são inauguradas e perdidas para sempre
na tua frente
de 5 em 5 minutos
em pleno inverno
os ipês têm a sublime audácia
de expor suas pétalas roxas
para nós mais uma vez
de 5 em 5 minutos
a vida não pode perder seu tempo com esse poema
de 5 em 5 minutos
a menina de 4 aninhos
tem seus bracinhos e costas queimados
por pontas de cigarro
de 5 em 5 minutos
há mais de três meses
a menina de 4 aninhos
está sendo estuprada
de todas as maneiras
que se possa imaginar
de 5 em 5 minutos
um caminhão se perde na curva
e esquarteja gérberas
quando corta de fora a fora
pela linha de cintura
uma mulher grávida
que esperava o ônibus
de 5 em 5 minutos
as árvores são asfixiadas
pelas sombras tóxicas dos edifícios
de 5 em 5 minutos
os rios morrem afogados em triste sujeira
e suja tristeza
de 5 em 5 minutos
a chuva não limpa mais nada
de 5 em 5 minutos
a chuva suja muito mais
do que simplesmente a roupa no varal
ou a inocência dos desavisados
ou a ingenuidade dos distraídos
de 5 em 5 minutos
violências inimagináveis passam a ser imagináveis
por alguém
bem perto de você
de 5 em 5 minutos
almas de alfazema morrem
de doenças seguramente erradicadas
há mais de um século em meu país
de 5 em 5 minutos
a menina de 4 aninhos
vê uma minipétala de sangue crescendo
no lugar do que um dia seria seu seio
ao ter seu primeiro mamilo arrancado
de 5 em 5 minutos
se passam muito mais do que cinco minutos
de 5 em 5 minutos
ninguém mais se lembra
do que aconteceu com a menina de 4 aninhos
ou com a mulher grávida
ou com a chuva
ou com as árvores
de 5 em 5 minutos
somos intoxicados por um amor
que nunca será o bastante
de 5 em 5 minutos
você pode optar pela urgente
veloz e ingrata corrida dos ratos
ou pela sábia e paciente renúncia dos gatos
de 5 em 5 minutos
novas doenças estão sendo criadas
para conter o avanço de seus filhos
e dos filhos de seus filhos
para evitar que o nosso inadmissível fracasso
se prolongue por muito mais tempo
de 5 em 5 minutos
nossas ideias de felicidade
se espatifaram entre a gente
de 5 em 5 minutos
hoje eu ando devagar
com cacos de sonhos
fincados nos pés
de 5 em 5 minutos
volta a chover novamente
de 5 em 5 minutos
enquanto chove
eu vivo aqui
esperando o ônibus
junto com a mulher grávida,
a menina de 4 aninhos
e a chuva

Fernando Koproski
do livro “Retrato do amor quando verão, outono e inverno” (7letras, 2014)

os livros também estão disponíveis na Livraria Arte e letra (Al. Presidente Taunay, 130, Batel, Curitiba)

ou pela site da editora 7letras:
https://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=fernando+koproski