quinta-feira, 4 de abril de 2013

Escrevi um texto FICCIONAL na forma de versos e narrativas ficcionais que compõem um monólogo poético e ficcional, escrito e criado por minha autoria, na qual dou voz ao personagem do poeta “Miro Klein” (nome provisório do personagem) por mim criado. Este personagem, fruto de meu trabalho de imaginação e criação ficcional, é SOLTEIRO e apresenta uma biografia em todo diferente da minha como autor. Portanto autor e personagem nada têm a ver, não se confundem, são pessoas em todo distintas.
Uma outra pessoa escreveu textos poéticos e ficcionais para dar voz ao seu personagem de uma "musa" qualquer (“uma musa sem um poeta”). Embora tais textos possam eventualmente funcionar para o leitor como um diálogo poético, declaro que ambos foram escritos de forma independente. Ou seja, todas as falas de meu personagem são exclusivamente de minha autoria, bem como todos os textos da personagem “musa” são da autoria dessa outra pessoa. Dito isso, fica bem esclarecido que não houve trabalho escrito em co-autoria, mas sim trabalhos independentes.
Quando se cria um trabalho de literatura, há o uso da capacidade imaginativa do autor. Nenhuma criação FICCIONAL implica em fatos verídicos, não necessita se basear na realidade, mas preferencialmente criar uma realidade alterada, construída através do ofício de escrever. De forma que declaro a quem interessar possa que não houve e nunca haverá relação alguma entre minha pessoa e essa outra pessoa. Seria ridículo e despropositado confundir personagens com autores. Acredito que isso é desnecessário dizer ao leitor inteligente, mas a fim de esclarecer quaisquer erros de interpretação afirmo: um autor é um autor, e personagens são só personagens. Ademais, sou um homem casado e bem resolvido, tanto no âmbito pessoal quanto no do profissional realizado que sou.
O que aconteceu de fato, em alguns momentos desse trabalho de criação FICCIONAL foi a troca de correspondências dos textos produzidos, como forma de experimento poético e FICCIONAL.
Contudo, aos olhos críticos, há muito que se melhorar e corrigir, e mesmo muitas benfeitorias a serem feitas no texto produzido.
Acredito que um trabalho apresentado conjuntamente com outro autor só é viável quando o "outro" sabe dos princípios éticos e fundamentais da escrita e da criação de um livro, visto que o trabalho de criação envolve não apenas trabalho de escrita, mas também sucessivas revisões, e eventuais e providenciais reescritas e melhorias no texto de forma a torná-lo o mais legível possível e apto a ser apreciado pelo leitor. É fato inconteste que de forma alguma um escritor pode se utilizar do texto de outro autor, em todo ou em partes, sem a sua prévia e expressa autorização.
Confesso que sou um autor perfeccionista, absolutamente dentro dos padrões profissionais da escrita. Acredito que um escritor de verdade não precisa se utilizar do nome de outro para se promover. Desejos de fama são fruto do velho e conhecido pecado da vaidade. Um escritor genuíno não precisa usar o nome de outro escritor conhecido para expor suas ideias. Ninguém é e nem deveria servir de "muleta" ou "escada" para o outro conseguir notoriedade. Acredito que cada um deva trabalhar com muita humildade para ter algum mérito nesse ofício tão desacreditado que é ser escritor nesse país.

Fernando Koproski

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