sexta-feira, 11 de março de 2016

Tive o prazer de ter o grande escritor (e mestre em realidades ficcionais) Luiz Brás escrevendo este texto para meu livro NARCISO PARA MATAR. Sente só:

    Quem é o verdadeiro autor desta narrativa lírica e irreverente? Fernando Koproski? Ou alguém usando seu nome e sua letra, tentando se passar por Fernando Koproski?
    Por enquanto, isso parece não ter muita importância. O foco da narrativa não é (ainda) o jogo de máscaras na sociedade pós-moderna. Não é (ainda) a crise do sujeito multifacetado.
    Narciso para matar vibra em outra frequência. Seu centro de gravidade é o amor verdadeiro orbitado pela literatura. E pelo humor sofisticado, feito de citações e trocadilhos.
    Nada escapa das punhaladas mordazes. Nem a vida literária em Curitiba, nem a rotina acadêmica na Federal do Paraná.
    O autor escolheu para esta sátira passional uma forma incomum: a da narrativa em versos (gênero épico).
    Narciso é o protagonista, o jardineiro fiel. Marina é sua musa, vitoriosa sobre as outras candidatas. E as coordenadas tempo-espaciais são as do nosso campo literário, mesquinho e volúvel.
    No café da manhã, a metalinguagem. O narrador revela à mulher: “Penso em escrever um romance...” Essa é a senha. A partir desse ponto, Narciso para matar começa a se construir diante de nossos olhos.
    Fernando Koproski, ou quem quer que esteja usando seu rosto, sente um grande carinho por seu jardineiro fiel. Mas essa afeição toda não o impede de enfiar o coitado nas piores situações. Até preso nosso poeta-protagonista vai.
    Na prisão, forçado a fazer resenhas literárias para conseguir uma redução de pena, Narciso conhece pessoalmente seu herói literário, Ernest Hemingway.
    E descobre, num saboroso lance de autoironia, os poemas de um autor quase desconhecido, já falecido: ninguém menos que F. Koproski.
    Depois da trilogia Um poeta deve morrer, F. Koproski simplesmente morreu.
    Delírio demais? Sorte nossa. Antirrealista por convicção, a melhor literatura sempre nadou no oceano da fantasia delirante.

Luiz Bras

E os livros estão aqui:
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p
http://www.livrariascuritiba.com.br/koproski?&utmi_p=_teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565_p&utmi_pc=BuscaFullText&utmi_cp=koproski

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