quinta-feira, 31 de março de 2016

Quando olhei, ela estava ruiva. Os olhos eram os mesmos, mas um incêndio de cerejas agora se alastrava por seus cabelos. E o incêndio descia delicadamente por seus cachinhos molhados, pingando chamas à minha frente. Eu olhei praqueles olhos verdes e esperei. Enquanto ela me perguntava sobre meu romance, senti que sabia exatamente o que tinha que dizer. Não havia mais ansiedade ou nervosismo. Tampouco precisava fingir ser quem não sou. Parece que alguém já tinha escrito todas as nossas falas. E eu nem precisava ter o trabalho de decorá-las. Enquanto olhava praqueles olhos verdes, elas simplesmente saíam da minha boca em direção à sua boca – que era de um vermelho irremediável, ressaltando ainda mais o incêndio delicado de seus lábios.
Uma hora sem querer, fiz ela sorrir. Seus olhos verdes agora estavam ainda mais claros. Parece que eu finalmente dizia a coisa certa para a menina certa.

Fernando Koproski
no livro A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/narciso-para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p


terça-feira, 29 de março de 2016

UMA PARA O VELHO AMIGO

ele era apenas um
gato
vesgo,
um branco sujo
de olhos azul-claros

não vou te incomodar com sua
história
só dizer
que ele teve muito azar
e era um bom e velho
companheiro
e ele morreu
como as pessoas morrem
como os elefantes morrem
como os ratos morrem
como as flores morrem
como as águas evaporam e
os ventos param de soprar

o pulmão parou de funcionar
na segunda-feira.
agora ele está no canteiro
de rosas
e eu escuto uma
marcha inspiradora
tocando pra ele
dentro de mim
que eu sei
que nem tantos
mas alguns de vocês
iriam gostar de
saber
a respeito.

é
isso.

Charles Bukowski
traduzido por Fernando Koproski
no livro MALDITO DEUS ARRANCANDO ESSES POEMAS DE MINHA CABEÇA (7Letras)
http://www.livrariascuritiba.com.br/maldito-deus-arrancando-esses-poemas-de-minha-cabeca-aut-paranaense-lv386681/p
AMOR É TUDO QUE NÓS DISSEMOS QUE NÃO ERA
http://www.livrariascuritiba.com.br/amor-e-tudo-que-nos-dissemos-que-nao-era-autores-lv314864/p
ESSA LOUCURA ROUBADA QUE NÃO DESEJO A NINGUÉM A NÃO SER A MIM MESMO AMÉM
http://www.livrariascuritiba.com.br/essa-loucura-roubada-que-nao-desejo-a-ninguem-a-nao-ser-a-mim-mesmo-amem-7-letras-lv314866/p

quinta-feira, 24 de março de 2016

 EXPLORANDO A LITERATURA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA

Quais são os autores contemporâneos brasileiros que merecem sua atenção? Em parceria com o portal de literatura Homo LiteratusA Escotilha montou uma pequena seleção com sugestões de escritores e escritoras que podem (e devem!) servir como ponto de partida para explorar o que o Brasil cria quando o tema é literatura.

Vale lembrar que é uma lista pessoal, não uma “definitiva” – quem sabe o autor ou autora de quem você lembrou já não tenha sido abordado por um destes redatores?

Jonatan Silva (A Escotilha) – Fernando Koproski

Fernando Koproski é uma figura ímpar da literatura paranaense. Poeta, romancista e tradutor, o curitibano – que vive em São José dos Pinhais – se destaca por ser um homem do seu tempo: desprendido das preocupações acadêmicas e voltado, intimamente, ao resultado do trabalho. Em 2016, publicou a trilogia Narciso Para MatarTeoria do Romance na Prática e Crônica de um Amor Morto, suas primeiras obras em prosa após mais de 20 anos de poesia.

Koproski não alinha – e não se alia – a nenhum movimento e talvez, por isso, ainda se mostre tão interessante. Não existe compromisso ideológico (graças a Deus), apenas literário. Nunca Seremos Tão Felizes Como Agora (2009) e Tudo o que Não Sei Sobre o Amor (2003) não me deixam mentir. Se o que há em sua produção pudesse ser rotulado, seria um uncategorized. Koproski é plural e caminha com firmeza no atual lodaçal que encharca as estantes em nossas casas e livrarias.

24/03/2016
a matéria completa está aqui:
http://www.aescotilha.com.br/literatura/ponto-virgula/explorando-literatura-contemporanea-brasileira/

livros do Koproski:
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/narciso-para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p


sábado, 19 de março de 2016

Sempre fui fã desse cara, de sua inteligência sensível e de sua sensibilidade inteligente. Seus romances, peças, contos, poemas e músicas me influenciaram e continuam me deixando de cara com sua honestidade, desenvoltura e coragem. Ele é um dos grandes Artistas que estão aqui entre nós, fazendo história. E eu tive a sorte de encontrá-lo algumas vezes, driblando as intempéries da noite com um bailado fudido e uma ginga inegável. Só podia ser o Marião, o meu amigo Mario Bortolotto... Ele escreveu esse texto incrível que está lá no meu romance CRÔNICA DE UM AMOR MORTO:
AS VÁRIAS MORTES DE FERNANDO KOPROSKI

Em primeiro lugar é preciso avisá-lo que você vai ler o romance de um poeta. Tradutor de Bukowski e Leonard Cohen. Um entusiasmado romântico, um franco atirador byroniano, alguém que se entrega rigorosamente a aventuras românticas e se destrói por elas resignadamente, mesmo porque ele não saberia fazer de outra maneira. Ciente disso, o leitor não deve estranhar o fato de que o primeiro alvo-musa do narrador seja uma aluna de dança flamenca. Todos os sinais indicam que Koproski há muito já está condenado pela poesia, pelos versos que ainda não escreveu, por não enxergar com nitidez a estrada dos desencantados e por isso mesmo entra sempre a 200 km/h na tal estrada com a obstinação de quem “não dispensa uma saideira”. E as mulheres vão se sucedendo implacáveis ao longo do livro e da vida do autor. Amores puros e aqueles que ele quer acreditar que são. Mulheres armadilhas com nomes míticos como Scarlett, Marie-Louise e Annabel Lee. Cantos de sereias que o Ulisses Koproski não pretende evitar. E entre inevitáveis brochadas e febris histórias de amor, Koproski nos conduz para dentro da fria noite curitibana dos românticos embriagados de saquê e poesia. O poeta não é um adepto da eutanásia. O poeta quando deseja a morte não a quer sem dor, a quer no campo de batalha, como um viking maluco ou um homem bomba que vai ao encontro de mil virgens. É com essa determinação que Koproski se movimenta no seu romance. Não é fácil matar o amor. Nós temos que acreditar que ele não vai morrer. É o que nos sustenta. É em nome dessa dívida que Koproski escreveu sobre o amor que ele ironicamente quer que acreditemos que está morto no capcioso título de seu livro. O poeta assim como os elefantes se afasta pra morrer sozinho. Quando o amor morre, o poeta morre junto. Por isso o poeta é capaz de morrer várias vezes em vida, e o faz com abnegação apaixonada. É um trâmite que lhe é intimo. E sendo assim é possível se entregar cambaleante “pingando pétalas de ipês pelo chão”.

Mário Bortolotto

E os livros do Koproski estão aqui:
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p

quinta-feira, 17 de março de 2016

Foi uma alegria receber esse texto escrito pelo amigo poeta-dramaturgo-músico-compositor (e um dos caras mais brilhantes q tenho o prazer de conviver) Alexandre França sobre meu livro A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA:
NOTA: Carta encontrada no local da morte do escritor Alexandre França junto a um exemplar do livro A Teoria do Romance na Prática. O livro estava com alguns de seus trechos grifados, outros simplesmente rabiscados e algumas folhas rasgadas em pequenos pedaços em que o escritor, França, escreveu em letras minúsculas a palavra “canalha!”. Segundo testemunhas, morreu com um sorriso no rosto. Um sorriso amarelado pelo alcatrão; largo como uma varanda à beira mar. No entanto, sua mandíbula, de tão apertada e dura, acabou por trincar e logo depois quebrar seus dentes da frente. Seus olhos esguichavam água em quem ousasse aproximar o rosto. Sua morte, segundo o poeta Fernando Koproski, foi baseada em fatos fictícios.
    Eu matei o amor aqui dentro, Koproski, e deixei as cartas todas para o final do romance. Nunca, em toda a sua vida, você escolheu tão bem quem fizesse uma apresentação de um livro. Pois EU tenho a mesma coragem de me matar para deixar este pequeno texto a respeito de sua admirável obra. EU, assim como você, brinco de esfarelar minha memória em felipes, scarletts, clarices, cerejas e incêndios, pois sou aquele personagem – aquele que você esqueceu de colocar – que persegue o protagonista. Que sabe muita coisa sobre o passado do protagonista e revela, ao final, o porquê de sua existência desenhada à medida da existência do protagonista (estaria ele em outra parte desta Trilogia?). Pois aqui estou leitores, para dizer que este homem, chamado Felipe, possui uma musa. Uma outra musa, que tem a mesma cara da menina do Xerox – o nome dela é Ingrid. Vai negar agora, Koproski? Vai fazer o típico poeta apaixonado que se esconde atrás da linguagem? Ah, se eles pudessem saber como fui inconsequente ao entender este detalhe e retirar a Ingrid da jogada e colocar na cara da menina do Xerox (agora a MINHA menina do xerox), a cara da MINHA própria musa. Por que o Felipe poderia ser o França também, não? Estou forçando a barra? I don’t think so, Koproski. – QUE ENTRE A PRIMEIRA TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO! França: Laura Dern, conta pra gente um pouco da sua profissão. Laura Dern: Bom, sou atriz. Fiz alguns dos filmes de David Lynch, incluindo Coração Selvagem, Veludo Azul... França: Você reconhece este homem? Laura Dern: Sim. É o poeta Felipe, apaixonado pela menina do Xerox. França: Você poderia nos dar detalhes de como você conheceu este homem? Laura Dern: Bom, lá estava eu em mais uma exibição do filme Coração Selvagem na casa do poeta Alexandre França/ França: Então você estava na casa do poeta Alexandre França e não na casa do poeta Fernando Koproski? Laura Dern: Sim. Lembro até de um momento em que o Alexandre no trecho final do filme, em que o Nicolas (o ator Nicolas Cage) canta aquela canção do Elvis Presley. Tadinho do Alexandre – sozinho naquela cidade imensa chamada (fala com sotaque norte americano) São Paulo/ França: Sem mais perguntas, meritíssimo. Juiz: Dada a contundência das provas colocadas, condeno o réu, Fernando Koproski, a perder a sua identidade no livro A Teoria do Romance na Prática da mesma forma como o poeta João Cabral de Melo Neto sentenciou em um de seus poemas, onde se lê “O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato/ O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço/ O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome”. Pois finalmente aconteceu, Koproski. O amor é agora o seu protagonista. Pra você ele deixou este legado incrível que é a linguagem. Aproveitemos, então, nossas mortes, antes que a vida nos chame pelo nome.

Alexandre França

E os livros do Koproski estão aqui:
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p

domingo, 13 de março de 2016

Eram três da manhã no Sheena, e eu já tinha preparado umas cinco margaritas no bar, sem que nenhum garçom tivesse percebido. Naquela época, eu costumava andar com meu kit drinques no porta-malas do carro. Tequila, contreau, sal, e até uns limõezinhos eram parte indissociável da minha caixinha de primeiros socorros. E lembrando que eram três da manhã de uma quinta-feira, você já pode supor que o bar estava lotado, deixando a Audrey, a única garçonete, deveras atarefada, o que justificava minha demanda em fazer drinques por baixo da mesa.

Só precisava de gelo, e por isso às vezes deixava a mesa pra descolar umas pedras no balcão. No cd player tocavam os primeiros acordes de Killing moon, quando ele disse “Mi menor e Dó maior, só isso e a envolvente perfeição de um nevoeiro avançando lentamente, porque a guitarra do Will Sargent é isso: um nevoeiro que ele prolonga nota a nota até envolver tudo”.

Amadeo desferia em sua guitarra imaginária até as notas do Will que só uma guitarra fretless alcançava. Era noite de lua cheia numa Curitiba de céu nublado e The Killing moon tocava de forma imperturbável para a maioria dos clientes, menos pra ele e pra mim. Me incomodavam demais aquelas notas flutuando baixo no meio da noite. Tanto que falei: “Cara, tenho que sair daqui. Tenho que ver a lua hoje de qualquer jeito”.

“Você vai ter que dirigir até a praia pra conseguir isso, pois está tudo fudido de cinza e nublado até o pé da serra,” ele disse. Alea jacta est, então pensei. Vou pegar três cervejas e andar até alcançar uma fresta de céu pra ver a lua. Quando saí do bar, já tinha acontecido o sinistro, uma árvore tinha caído em cima do meu carro destruindo o capô. Curitiba era uma merda mesmo, na noite da maior lua cheia do ano, tinha chovido, dado vendaval, chuva de pedra e sabe-se lá mais o quê ainda seria atirado em cima de nós. Tanto que já estava prestes a abandonar o veículo e voltar pro bar quando ele disse: “Cara, nós vamos pegar a estrada agora. Se tiver a fim, cai dentro”.

E assim eu fui pra praia no meio da madrugada, no meio da semana, no meio de um delírio, junto com Amadeo e outras duas gurias que sequer imaginavam pra onde estavam indo. Aurora e Berenice eram amigas de Amadeo que esperavam uma carona pra casa, o que significava transportá-las do Sheena Bar apenas umas cinco quadras e deixá-las em previsível segurança em seu pensionato. Mas previsibilidade era tudo que Amadeo não tinha. Ele tinha meio tanque de gasolina, um porta-luvas cheio de erva e uma fita dos Blues Brothers ao vivo. Era o que bastava.

CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
Um romance de Fernando Koproski
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p

sexta-feira, 11 de março de 2016

Tive o prazer de ter o grande escritor (e mestre em realidades ficcionais) Luiz Brás escrevendo este texto para meu livro NARCISO PARA MATAR. Sente só:

    Quem é o verdadeiro autor desta narrativa lírica e irreverente? Fernando Koproski? Ou alguém usando seu nome e sua letra, tentando se passar por Fernando Koproski?
    Por enquanto, isso parece não ter muita importância. O foco da narrativa não é (ainda) o jogo de máscaras na sociedade pós-moderna. Não é (ainda) a crise do sujeito multifacetado.
    Narciso para matar vibra em outra frequência. Seu centro de gravidade é o amor verdadeiro orbitado pela literatura. E pelo humor sofisticado, feito de citações e trocadilhos.
    Nada escapa das punhaladas mordazes. Nem a vida literária em Curitiba, nem a rotina acadêmica na Federal do Paraná.
    O autor escolheu para esta sátira passional uma forma incomum: a da narrativa em versos (gênero épico).
    Narciso é o protagonista, o jardineiro fiel. Marina é sua musa, vitoriosa sobre as outras candidatas. E as coordenadas tempo-espaciais são as do nosso campo literário, mesquinho e volúvel.
    No café da manhã, a metalinguagem. O narrador revela à mulher: “Penso em escrever um romance...” Essa é a senha. A partir desse ponto, Narciso para matar começa a se construir diante de nossos olhos.
    Fernando Koproski, ou quem quer que esteja usando seu rosto, sente um grande carinho por seu jardineiro fiel. Mas essa afeição toda não o impede de enfiar o coitado nas piores situações. Até preso nosso poeta-protagonista vai.
    Na prisão, forçado a fazer resenhas literárias para conseguir uma redução de pena, Narciso conhece pessoalmente seu herói literário, Ernest Hemingway.
    E descobre, num saboroso lance de autoironia, os poemas de um autor quase desconhecido, já falecido: ninguém menos que F. Koproski.
    Depois da trilogia Um poeta deve morrer, F. Koproski simplesmente morreu.
    Delírio demais? Sorte nossa. Antirrealista por convicção, a melhor literatura sempre nadou no oceano da fantasia delirante.

Luiz Bras

E os livros estão aqui:
NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p
http://www.livrariascuritiba.com.br/koproski?&utmi_p=_teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565_p&utmi_pc=BuscaFullText&utmi_cp=koproski

sexta-feira, 4 de março de 2016




Aos amigos eu trago essa notícia: escrevi um romance. Ou 2... sim tenho quase certeza de que é isso. Rsrs... Escrevi meu primeiro (e já na sequência o meu segundo romance também). Mas na verdade não estou lançando 1, nem 2, mas 3 livros!! São eles: NARCISO PARA MATAR, CRÔNICA DE UM AMOR MORTO e A TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA. Todos pela grande editora 7Letras e com belíssimas imagens de capa do fotógrafo Daniel Castellano. Juntos eles inauguram uma série ficcional chamada A COMPLICADA BELEZA. E para simplificar a coisa toda, digo apenas que estou feliz. E que não sei se alegria se divide, mas mesmo assim eu queria aqui insistir, dividir, abraçar e aumentar ela com vcs! Um abraço!
http://www.7letras.com.br/catalogsearch/result/?q=koproski
http://www.7letras.com.br/narciso-para-matar.html
http://www.7letras.com.br/cronica-de-um-amor-morto.html
http://www.7letras.com.br/a-teoria-do-romance-na-pratica.html

quarta-feira, 2 de março de 2016

ESSES HERÓICOS

Se eu tivesse uma cabeça iluminada
e as pessoas parassem para me olhar
nos bondes;
e pudesse estender meu corpo
pela água límpida
ficando par a par com os peixes e as cobras d’água;
se pudesse arruinar minhas asas
voando para o sol;
você acha que eu estaria nesse quarto,
recitando poemas para você,
e compondo sonhos ultrajantes
com os mínimos movimentos de seus lábios?

poema: Leonard Cohen
tradução: Fernando Koproski
do livro “ATRÁS DAS LINHAS INIMIGAS DE MEU AMOR” (7 Letras)
http://www.livrariascuritiba.com.br/ATRAS-DAS-LINHAS-INIMIGAS-DE-MEU-AMOR-AUT-PARANA-LV220048/p