terça-feira, 13 de agosto de 2013

O que os escritores, poetas, críticos e jornalistas disseram sobre as minhas traduções do BUKOWSKI em ESSA LOUCURA ROUBADA QUE NÃO DESEJO A NINGUÉM A NÃO SER A MIM MESMO AMÉM:

Centrada na produção inicial do escritor, a seleção é um dos pontos fortes do livro, além da tradução de Fernando Koproski, que se esforça por manter o coloquialismo tão fundamental para a beleza dos originais. Poderia ser difícil identificar a beleza na literatura desse repórter do mundo cão, não fossem versos como “não se esqueça:/ o tempo existe é para ser desperdiçado,/ o amor fracassa/ e a morte é inútil”. Afinal a poesia de Bukowski obtém a atenção merecida num livro que é, desde já, referencial.
Joca Reiners Terron, Folha de S. Paulo

A sua receita para ser um grande escritor é dedicar-se de forma cega à escrita, embriagando-se com a vida e não tendo nenhuma delicadeza na hora de pôr as coisas no papel: “bata nela [na máquina de escrever] com força/ como se fosse uma luta de pesos pesados”. É essa violência diante da atividade poética que determina o diferencial de sua obra.
Miguel Sanches Neto, Carta Capital

Fazia tempo que o velho Bukowski não aparecia em verso nas estantes brasileiras. A antologia é uma edição bilíngue que reúne poemas desbocados e demolidores, selecionados dos 11 livros do autor, do período de 1969 a 1999.
Nelson de Oliveira, Rascunho

Bukowski não gostava de poesia rimada, mas a tradução de Koproski em “Ressacas” é dotada de uma energia própria – bem acima da mera substituição de idiomas. Essa “contaminação” do tradutor pelo universo bukowskiano é um selo de qualidade sobre todo o livro. Como bem observa Mário Bortolotto na orelha, os dois nomes até rimam.
Paulo Briguet, Jornal de Londrina

O poeta curitibano Fernando Koproski, pra mim, está muito acima dos tradutores de poesia do Brasil. Ele consegue ser original. Uma obra-prima o que ele fez com o Bukowski. Pra quem gosta de poesia é um prato cheio de delícias. Gostosuras para os paladares mais refinados.
Thadeu Wojciechowski, Polaco da barreirinha

Há poucos minutos mesmo, comecei ler um livro de poemas [Essa loucura roubada...]. Abri a primeira página e, dada a força, logo parei: vim escrever. A poesia pode ser o lugar de coisas grandiosas, intensas, ainda que, muitas vezes, simples. Talvez, grandiosas e intensas também porque simples.
Alberto Pucheu, Pelo colorido, para além do cinzento

Charles Bukowski pertence a uma tradição da poesia norte-americana iniciada por Walt Whitman, o autor de Folhas da Relva, criador do verso livre e herói da rebelião romântica. Assim como o seu antepassado poético, talvez o primeiro beatnik da história, Bukowski desenvolve uma obra de fôlego oratório, com versos longos, narrativos e discursivos, fazendo uso da linguagem coloquial, do humor e de referências à vida cotidiana. Logo, um poeta na contramão da vanguarda, mais atenta à concisão, à síntese e à estética do fragmento, seguindo os passos dessa outra grande precursora que foi Emily Dickinson. Porém, a arte verbal de Bukowski está muito longe da fragilidade ou da rotina literária: temos aqui um autor inquieto, insubmisso, à margem do cânone e da convenção, que provoca o leitor com sua língua ferina e desbocada. Um poeta irreverente que prefere o palavrão, a bebedeira e a sarjeta aos telefones celulares e gravatas em estilo italiano da geração yuppie. Enfim, um necessário anarquista, um delicioso vagabundo que despreza os valores utilitários e mercantilistas de uma sociedade em rápido processo de apodrecimento mental. Sua cáustica antilírica, recriada neste volume pelo poeta Fernando Koproski, retoma a importante tradição libertária da poesia (e da cultura) americana, e constitui uma centelha de saudável contestação nesta era sombria em que vivemos.
Claudio Daniel, A saideira e mais uma

Buk, velho safado,
Que anjas andas beliscando aí no céu ou inferno?
Que músicas das esferas andas escutando?
Que cervejas andas tomando? Néctar de lava ou hidromel de nuvens?
E que papos e porres homéricos você deve estar tomando aí com feras como você!
Pois é, cada vez mais tenho visto a moçada aqui em Pindorama
interessada em sua lira profana, simples mas contundente,
que torna o ordinário extraordinário, que resgata
o dia a dia e o mundo cão das prostitutas, fudidos e excluídos desta Terra, que castiga a pretensão
de poetastros que aqui gorgeiam, mais interessados na pose que na poesia!
E mais feliz ainda ficamos em saber que seus poemas estão traduzidos,
para nosso bom e velho português, pelas mãos sensíveis de um poeta como
Fernando Koproski.
Vale a pena conferir.
Evoé, anjo Charles!

De seu admirador,
Rodrigo Garcia Lopes


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