Ultimamente ele ia dormir e acordava
pensando no amor. Mas o amor não perdia o sono pensando nele. Ele passava
várias noites em claro pensando no amor. Mas o amor não dava nenhuma luz, nem
lua alguma. Era assim desde pequeno, o amor era como um menino no espelho, mais
pra um amigo imaginário do que pra esse adulto agora de joelhos. O amor mesmo
quando não era nada ou acabava em mais nada, ainda fazia ele pensar em cada uma
de suas palavras. Às vezes, ele pensava que o amor só podia ser coisa de
criança para pregar tantas peças. Às vezes, ele pensava que o amor era coisa de
adulto, uma dessas coisas que se entende tarde demais, só depois, quando não há
mais pressa, ou simplesmente não interessa. E às vezes, ele ainda lembrava que
o amor naquele menino no espelho era diferente, bem diferente, mas ainda a cara desse adulto. O amor mesmo quando
não fala nada, ainda diz tudo.
Fernando Koproski
no livro NARCISO PARA MATAR
http://www.livrariascuritiba.com.br/narciso-para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
http://www.livrariascuritiba.com.br/narciso-para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
CRÔNICA DE UM AMOR MORTO
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
A
TEORIA DO ROMANCE NA PRÁTICA
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p
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