by Tony Lopes
Comecei a ler Bukowski 30 anos atrás. Eram dias ainda mais
estranhos que hoje. Já sabia um pouco sobre a solidão. Sobre a dor aprendi
depois aos poucos. A bebida era o elo que ligava uma coisa a outra, e o velho
Chinaski um dos poucos companheiros das horas mais lúcidas.
Foi paixão eterna. O escritor que mais li. Devorei com
voracidade todos os seus livros lançados no nosso país tropical. Li tudo que
foi editado e traduzido aqui. E logo percebi que havia muito mais ali, porque
ele sempre falava em leituras de poesias.Mas tudo que podíamos ler eram seus
contos e/ou romances. Esperei muito até poder botar meus olhos (que a essa
altura não eram dois) nas tais “poesias”. As primeiras não me impactaram.
Esperei para encontrar algo melhor...
E finalmente tive a sorte de me bater com as traduções/versões
feitas por Fernando Koproski.
E dai surgiu um novo desejo: torná-las musicas. E o mais
difícil, feitas por mim. A sorte enfim me sorriu e me pegou numa fase que
acabara de descobrir as facilidades de um aplicativo musical. Ele me propiciou
a chance de fazer “músicas” ou MiniSongs como prefiro chamá-las. O resto foi
fácil, mesmo porque nunca fui muito exigente. Só deixei as palavras saírem da
minha boca com o suporte musical da minha banda virtual: Os Elefantes Elegantes.
Esse é o primeiro cd dos Elefantes Elegantes que ganha suporte
físico, em uma edição limitada da Brechó Discos/BigBrossRecords/São Rock
Discos. Com capa de Bruno Aziz e produção gráfica de Wilson PdM Santana. Então aproveite.
Talvez você esperasse algo diferente do que aqui está. Mas o
velho safado era, e é bem mais amplo e profundo que algum marinheiro de
primeira viagem possa supor.
O passo seguinte foi conhecer o Koproski e ter a sua aprovação
(mesmo que parcial) e convencer/convidar dois amigos muito importantes para um
novo projeto: mostrar ao mundo, ao menos o meu, que Buk era muito mais que
simples pornografia e escracho. Havia muito mais ali e os seus escritos agora
podiam provar isso.
Gustavo Rios que compactuava das mesmas ideias topou a
brincadeira de comentar os livros e fazer uma entrevista com Koproski e o nosso
band leader Lima Trindade deu o aval para publicar na sua/nossa revista eletrônica
Verbo21. Infelizmente essa parte da historia não teve o final feliz, não por
culpa dos envolvidos, mas por circunstâncias adversas e alheias à nossa
vontade.
O resto fica por sua conta, caro leitor/ouvinte.
Creia
Tony
Lopes
http://www.livrariascuritiba.com.br/essa-loucura-roubada-que-nao-desejo-a-ninguem-a-nao-ser-a-mim-mesmo-amem-7-letras-lv314866/p
http://www.livrariascuritiba.com.br/amor-e-tudo-que-nos-dissemos-que-nao-era-autores-lv314864/p
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