O Robert Junior era meu cunhado querido. Ele era mais
conhecido como Ju, e era o irmão da Ingrid, o filho da Margareth, o filho do
Robert e também o filho do Arnaldo. Ele era filho de muitos de seus amigos e
familiares. E pra muitos era um filho, irmão e amigo querido. Ele era um eterno
menino. E não há palavra que eu possa escrever que se aproxime da dor que todos
sentiram ontem. Assim como não há poema, lasca de luz ou perfume de palavra que
se aproxime do amor que todos sempre sentiram por ele... Como hoje eu sou
inapto, passo a bola pra outro poeta. E então, deixo aqui um poema do Leo Cohen
que fala disso, da perda de alguém tão querido... Um beijo pra vc, Ju. Você pode
ter partido, mas ainda continua: dentro da gente!
ALGUNS
HOMENS
Alguns homens
deveriam ter montanhas
para levar o seu nome através do tempo.
Jazigos não são altos o bastante
ou verdes,
e filhos se afastam
para perder o pulso
que a mão de seu pai sempre transparecerá.
Tive um amigo:
ele viveu e morreu em profundo silêncio
e com dignidade,
não deixou livros, filhos, ou amantes para chorar.
Nem essa é uma canção de luto
mas apenas o nomear dessa montanha
por onde caminho,
escura, perfumada e suavemente branca
sob a palidez da névoa.
Nomeei essa montanha com seu nome.
poema do Leonard Cohen
traduzido por mim
naquele livro que é meu ás na manga:
“Atrás das linhas inimigas de meu amor”
http://www.livrariascuritiba.com.br/atras-das-linhas-inimigas-de-meu-amor-aut-parana,product,LV220048,3406.aspx
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