Lembro
dessa noite como se fosse ontem. Eu, Thadeu e dos Casilleros del Diablo (safra
de 1998). Enquanto o Renatão tocava o solo de Just like heaven, a gente ia abrindo
a segunda garrafa de vinho, se abrindo em versos e fechando com Baudelaire...
Aí surgiu esse texto que talvez não seja o que a ‘Teoria da tradução’ quer, mas
é um drink nosso com Baudelaire...
estou
bêbado
e
nada mais importa
não
sinto mais o peso das horas
nem
da gravidade
mas
continuo bêbado
de
vinho, poesia e divindade
eu
já estive aqui um dia
de
cara com a coroa
o
relógio dando corda
ao
que o tempo não perdoa
estou
bêbado
e
nada mais importa
nem
o Guimarães
e
seu mar de Rosa
entre
nebulosas Magalhães
a
porta que leva
para
fora do bar
já
não está no mesmo lugar
poema
do Charles Baudelaire
numa
livre adaptação de Fernando Koproski e Thadeu Wojciechowski
mixado
em algum lugar em 1999...
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