sexta-feira, 9 de novembro de 2012


facas

quando ouço gente morta
quero cantar para me fingir de vivo
tuas estórias, teus amores, teus amigos
são facas que não cortam

mas canto isso tudo e me livro
ouço o barulho do nascer de um siso
e mais uma vez a morte vem me beijar
sem se preocupar com a hora

são tantos espelhos que desprezam tuas demoras
não me obrigue mais a encontrar
em seus cabelos de ressaca o meu abrigo
em teus barulhos de faca o meu brilho

letra: Fernando Koproski e Alexandre França
música: Carlos Machado
gravada no CD “Tendéu” do Carlos

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