Medo e
delírio em Curitiba
Trocando em Miúdos: Após vinte anos de poesia,
Fernando Koproski lança trilogia ficcional e quebra gêneros literários.
Por Jonatan Silva – A
Escotilha
29/04/2016
Como
Bukowski, um de seus heróis, Koproski é apaixonado por gatos. Foto: Ingrid
Schulze / Divulgação.
Quando
poeta/cantor/compositor canadense Leonard Cohen publicou
seu primeiro romance – A Brincadeira Favorita –, em 1963, após dois
livros de poesia, declarou que aquela era a sua melhor melodia. A impressão
deixada pelo debut em prosa do curitibano Fernando Koproski,
depois de duas décadas de versos, não é muito diferente. Misturando cinema e
literatura ao reflexo que vê de sua própria cidade, o escritor cria na
trilogia A Complicada Beleza, um bota-fora dos poemas
confessionais e autobiográficos que o acompanharam até agora.
O livro
que inicia a trinca, Narciso Para Matar (7Letras,
104 págs.), faz um drible no leitor desde o seu título – uma referência ao
clássico de Kubrick – ao criar um jogo de espelhos entre o autor e o narrador.
Narciso é um personagem dentro de um livro escrito pelo Narrador, que é também
um personagem de Koproski, que termina por virar uma criatura de si mesmo. Ao
mesmo tempo o romance se transforma em um thriller, em que Narciso precisa
vingar a morte da sua amada, Marina. Entre tantas artimanhas, a obra não se
deixa levar por gêneros literários e transita entre a romance, a poesia, o conto.
Para Koproski, não é preciso rótulos nos quais encaixar seus livros. “O
trabalho criativo só tem a ganhar com a dissolução das fronteiras. Penso num
poema tão aceso e livre quanto o sol dentro dos olhos do girassol. Por que
fechar os ouvidos a isso? Até quando vamos amputar nossa percepção?”, definiu
em entrevista exclusiva à A Escotilha (leia
o bate-papo completo no final da resenha).
Ainda que
caminhe livremente, a trilogia não perde uma característica fundamental de
Koproski: a musa. Direta ou indiretamente, ela sempre está ali. Em Crônica de um Amor Morto (7Letras, 144 págs.) busca
em Edgar Allan Poe (1809 – 1849) os
elementos para a sua narrativa delirante. Como Hunter S. Thompson (1937 –
2005), o protagonista vive no limite entre o real e o abstrato. E novamente
Curitiba é o cenário, mas agora com direito a uma passagem lisérgica pelo
litoral paranaense. Ao contrário do livro anterior, Crônica de um amor
morto é uma sucessão infindável de mulheres dizendo adeus: uma a uma elas
abandonam o protagonista ou são abandonadas – ou simplesmente saem de cena no
momento certo. É como se todas as mulheres fossem como a musa desconhecida
de Charles Bukowski (1920
– 1994) no poema “de vez em quando”, traduzido pelo próprio Koproski, em Maldito Deus Arrancando Esses Poemas da Minha Cabeça: elas
passam na rua e a paixa dura segundo, até a próxima esquina.
No final
das contas, fica-se atordoado com o jogo de espelhos koproskiano. É impossível
deixar passar incólume a trajetória de gente tão neurótica quanto os personagens
de Koproski, ele próprio, eu e você.
Tudo
acaba em A Teoria do Romance na Prática (7Letras,
137 págs.). Koproski mais uma vez destila suas referências cinematográfica – de
David Lynch a Woody Allen – para construir uma história vertiginosa em que ele
mesmo acaba morto. Desde a apresentação, que ficou a cargo de Alexandre França,
o romance (se é que podemos chamá-lo assim) quebra a barreira entre realidade e
ficção, autor e leitor, trazendo à tona a máxima de Foucault em quem lê também
se torna responsável pela obra. A história gira em torno de duas pessoas,
Felipe e Scarlett, mas nada impede que os mortos de outros livros regressem e
se incorporem.
Aqui,
muito pinhão
Koproski
não se intimida por ser curitibano. Os três volumes da trilogia deixam isso claro
logo nas capas – que usam imagens do fotógrafo Daniel Castellano – criando uma
espécie de reconhecimento imediato. “A cidade é uma musa com cinto de
castidade. Ela usa um cinto que ela mesma fechou e jogou fora a chave. E
dependendo do humor em que ela se encontra, ela insinua, seduz e ilude. Você
pode até achar que um dia será acolhido entre seus favores, às vezes pode até
quase sentir suas carícias, mas nunca vai inaugurar o beijo ou mesmo consumar o
ato”, esclarece.
No final das contas, fica-se atordoado
com o jogo de espelhos koproskiano. É impossível deixar passar incólume a
trajetória de gente tão neurótica quanto os personagens de Koproski, ele
próprio, eu e você.
Leia na
íntegra a entrevista com Fernando Koproski
A Escotilha: Depois de 20 anos de poesia, como
a prosa entrou no seu trabalho?
Fernando Koproski: A prosa sempre esteve presente em minha literatura. Posso dizer que ela me alimentou tanto quanto a poesia, desde quando comecei a me interessar por livros e literatura. Acho que até nas preferências literárias a prosa sempre ocupou um espaço amplo, arejado e crescente, pois sou leitor de Joyce, Virginia Woolf, Clarice Lispector e diversos outros escritores que injetam poesia em suas narrativas, ampliando a significância de uma história. Já como autor, a atividade de contar histórias é algo mais recente. Diria que é uma imprudência recente que têm me dado um prazer diferente e desafiador.
Fernando Koproski: A prosa sempre esteve presente em minha literatura. Posso dizer que ela me alimentou tanto quanto a poesia, desde quando comecei a me interessar por livros e literatura. Acho que até nas preferências literárias a prosa sempre ocupou um espaço amplo, arejado e crescente, pois sou leitor de Joyce, Virginia Woolf, Clarice Lispector e diversos outros escritores que injetam poesia em suas narrativas, ampliando a significância de uma história. Já como autor, a atividade de contar histórias é algo mais recente. Diria que é uma imprudência recente que têm me dado um prazer diferente e desafiador.
No livro Crônica de um Amor Morto você
diz que a poesia é o “suor da alma”. Essa é uma convicção pessoal ou meramente
literária?
Não diria que é uma convicção. Convicções são senhoras chatas e tediosas que tendem a limitar qualquer ato criativo. Quando se trata de literatura, melhor seria não ter nenhuma convicção. E estar aberto às percepções. Nesse sentido o “suor da alma” seria mais uma percepção da natureza da escrita, e como qualquer percepção é derivada do momento e deste, também dependente, a fim de criar significação.
Não diria que é uma convicção. Convicções são senhoras chatas e tediosas que tendem a limitar qualquer ato criativo. Quando se trata de literatura, melhor seria não ter nenhuma convicção. E estar aberto às percepções. Nesse sentido o “suor da alma” seria mais uma percepção da natureza da escrita, e como qualquer percepção é derivada do momento e deste, também dependente, a fim de criar significação.
Quais as diferenças entre escrever poesia e
narrativa?
Escrever poesia é algo fragmentário. Você escreve um poema um dia. Passa vários dias sem escrever. Depois escreve outro, que pode não ter relação nenhuma com o anterior. Ou seja, cada poema é um universo fechado em si, ilimitado dentro de suas limitações. Enfim, não prescinde de nada anterior ou posterior à sua existência. O poema é um universo autossuficiente, não depende de nada e de ninguém, muito menos do autor. Ele anda com as próprias pernas e fala com a própria boca. O autor foi apenas um designer de seus lábios. Porque tudo o que o poema fala ou silencia, é com sua própria boca. Ele fala com sua própria voz. Já a prosa depende de uma força motriz diária, de uma atividade intermitente que crie caminhos para o desenvolvimento da história. Os personagens dependem disso, o enredo só existe por causa disso. Enfim, foi assim que aconteceu comigo: escrevendo todo dia. E quando não estava escrevendo de fato, estava mentalmente imaginando saídas para meus personagens, à medida que criava outros entraves e obstáculos. Ou seja, era um exercício diário de obsessão.
Escrever poesia é algo fragmentário. Você escreve um poema um dia. Passa vários dias sem escrever. Depois escreve outro, que pode não ter relação nenhuma com o anterior. Ou seja, cada poema é um universo fechado em si, ilimitado dentro de suas limitações. Enfim, não prescinde de nada anterior ou posterior à sua existência. O poema é um universo autossuficiente, não depende de nada e de ninguém, muito menos do autor. Ele anda com as próprias pernas e fala com a própria boca. O autor foi apenas um designer de seus lábios. Porque tudo o que o poema fala ou silencia, é com sua própria boca. Ele fala com sua própria voz. Já a prosa depende de uma força motriz diária, de uma atividade intermitente que crie caminhos para o desenvolvimento da história. Os personagens dependem disso, o enredo só existe por causa disso. Enfim, foi assim que aconteceu comigo: escrevendo todo dia. E quando não estava escrevendo de fato, estava mentalmente imaginando saídas para meus personagens, à medida que criava outros entraves e obstáculos. Ou seja, era um exercício diário de obsessão.
Algumas figuras são recorrentes na sua produção
como poeta e prosador – o poeta que mata/morre, a mulher fatal e o salto
agulha. Essas imagens são propositais?
Naturalmente, há conexões entre um texto e outro, entre um livro e outro. Embora sejam histórias independentes, um livro está dentro de outro. O primeiro livro Narciso Para Matar vive dentro do personagem do segundo livro Crônica de um Amor Morto, e este segundo, tangência o terceiro livro A Teoria do Romance na Prática. E isso é estimulante. É como brincar com diferentes dimensões textuais, abrindo buracos (wormholes), ou paredes permeáveis, pelos quais os personagens ou as situações se comuniquem.
Naturalmente, há conexões entre um texto e outro, entre um livro e outro. Embora sejam histórias independentes, um livro está dentro de outro. O primeiro livro Narciso Para Matar vive dentro do personagem do segundo livro Crônica de um Amor Morto, e este segundo, tangência o terceiro livro A Teoria do Romance na Prática. E isso é estimulante. É como brincar com diferentes dimensões textuais, abrindo buracos (wormholes), ou paredes permeáveis, pelos quais os personagens ou as situações se comuniquem.
“Ganhei muito dinheiro e não escrevi mais
nenhuma poesia”. Ser poeta é, necessariamente, padecer, sofrer de alguma
maneira?
Não necessariamente. Mas ser poeta, escrever livros de poemas e querer publicar esses livros no Brasil, aí sim é padecer, sofrer de várias maneiras. Costumo dizer que publicar poesia no Brasil é o 13⁰ trabalho de Hércules. É aquele trabalho que nem Hércules se atreveu a fazer, não quis peitar isso não.
Não necessariamente. Mas ser poeta, escrever livros de poemas e querer publicar esses livros no Brasil, aí sim é padecer, sofrer de várias maneiras. Costumo dizer que publicar poesia no Brasil é o 13⁰ trabalho de Hércules. É aquele trabalho que nem Hércules se atreveu a fazer, não quis peitar isso não.
A trilogia A Complicada Beleza faz um
acerto de contas com a Curitiba antropófaga. A cidade é uma mãe gentil ou
estaria mais para Saturno?
A cidade é uma musa com cinto de castidade. Ela usa um cinto que ela mesma fechou e jogou fora a chave. E dependendo do humor em que ela se encontra, ela insinua, seduz e ilude. Você pode até achar que um dia será acolhido entre seus favores, às vezes pode até quase sentir suas carícias, mas nunca vai inaugurar o beijo ou mesmo consumar o ato. Isso porque Curitiba é uma cidade que cria e favorece os masturbadores. Mas na real, é uma cidade que jamais vai fazer amor com você…
A cidade é uma musa com cinto de castidade. Ela usa um cinto que ela mesma fechou e jogou fora a chave. E dependendo do humor em que ela se encontra, ela insinua, seduz e ilude. Você pode até achar que um dia será acolhido entre seus favores, às vezes pode até quase sentir suas carícias, mas nunca vai inaugurar o beijo ou mesmo consumar o ato. Isso porque Curitiba é uma cidade que cria e favorece os masturbadores. Mas na real, é uma cidade que jamais vai fazer amor com você…
Narciso Para Matar e A Teoria do
Romance na Prática brincam com o cinema e imagem na literatura. Como as outras
artes podem convergir para a literatura?
Desde o começo de minhas leituras, percebi (o que é obvio pra todo mundo menos para os professores de literatura) que as artes se comunicam, interagem, se orientam e se alimentam. Cinema, pintura, escultura, HQ, música, dança etc, uma arte estimula a outra. Negar isso ou não perceber essa riqueza é cegar os olhos e ouvidos para a amplidão. Não dá pra perder tempo nessa vida seguindo processos analíticos assépticos e estéreis. Há muito conquistamos o direito de criar sem rédeas e amarras.
Desde o começo de minhas leituras, percebi (o que é obvio pra todo mundo menos para os professores de literatura) que as artes se comunicam, interagem, se orientam e se alimentam. Cinema, pintura, escultura, HQ, música, dança etc, uma arte estimula a outra. Negar isso ou não perceber essa riqueza é cegar os olhos e ouvidos para a amplidão. Não dá pra perder tempo nessa vida seguindo processos analíticos assépticos e estéreis. Há muito conquistamos o direito de criar sem rédeas e amarras.
Por falar em cinema, Narciso Para Matar,
Crônica de um Amor Morto e A Teoria do Romance na Prática são
seus livros que mais lidam com imagens, principalmente as do dia a dia – embora
sua poesia sempre estivesse ligada ao cotidiano. Gostaria que você falasse
sobre a importância do cotidiano no seu trabalho.
Acho que este é o lugar que eu vivo. Infelizmente não consigo habitar outros planos, viver em outros mundos, não importa o quanto minhas distrações sejam recorrentes. Os mais belos e atraentes déficits de atenção que me desculpem, mas ainda tenho que viver nessa realidade, nesse cotidiano (risos).
Acho que este é o lugar que eu vivo. Infelizmente não consigo habitar outros planos, viver em outros mundos, não importa o quanto minhas distrações sejam recorrentes. Os mais belos e atraentes déficits de atenção que me desculpem, mas ainda tenho que viver nessa realidade, nesse cotidiano (risos).
Durante a trilogia você faz várias associações
a Edgar Allan Poe. Assim como você, ele subverteu gêneros e caminhou entre a
poesia e a ficção. Por que evocar a imagem de Poe?
Sou um admirador de Poe, do homem e da obra. E acho que ele representa com eficácia e de forma envolvente e comovente a figura do artista genuíno, daquele artista que pena nessa vida, tendo que lidar com diversos obstáculos (e desgraças até), e de forma angustiada tendo que conviver com a falsidade do meio literário, a inveja de seus pares, tudo com o propósito vital, puro e honesto de viver e escrever sob o signo daquela qualidade inextinguível – a decência.
Sou um admirador de Poe, do homem e da obra. E acho que ele representa com eficácia e de forma envolvente e comovente a figura do artista genuíno, daquele artista que pena nessa vida, tendo que lidar com diversos obstáculos (e desgraças até), e de forma angustiada tendo que conviver com a falsidade do meio literário, a inveja de seus pares, tudo com o propósito vital, puro e honesto de viver e escrever sob o signo daquela qualidade inextinguível – a decência.
Seus livros anteriores formaram a
trilogia Um Poeta Deve Morrer e no livro que encerra a tríade mais
recente você parece ter matado o Koproski-poeta. Dessa situação seguem duas
interpretações. A primeira, é de que esse é seu adeus à poesia, já que
enveredou pelos bosques da ficção. A outra é de que para o poeta ser lembrado é
preciso morrer. Algo faz sentido nesse pensamento?
Talvez eu já tenha planejado o meu suicídio autoral há muito tempo. Como bem disse o Felipe K, professor de literatura da UFRJ, “Depois da trilogia Um Poeta Deve Morrer, Fernando Koproski simplesmente morreu”. E se pensarmos bem, a melhor coisa que pode acontecer com um poeta é isso mesmo: morrer. Um exemplo: em Curitiba, somente depois que se morre, é que se começam a ler os livros de um autor (risos). Enquanto está vivo, a cidade se esforça por ignorar a presença do poeta de todas as formas. Parece que há mesmo um esforço coletivo pra que isso aconteça: jornalistas, outros escritores, colegas poetas, educadores, professores de literatura, livreiros, formadores de opinião e o grande público leitor – todos sem exceção precisam contribuir avidamente para dissuadir o poeta de trilhar esse caminho, o da arte genuína. Agora se você é um picareta, um embuste, uma farsa que vive de aprovar projetos no mecenato da cidade, superfaturando orçamentos de livros para garantir a sua vida confortável e aquele passeiozinho pela Europa no final do ano, aí sim você encontra espaço pra progredir. A esses farsantes a cidade oferece várias oportunidades. Basta estar disponível… Enfim, diante dessas opções o melhor mesmo é morrer. Sob a ótica do crítico de literatura General Custer, “poeta bom é poeta morto”.
Talvez eu já tenha planejado o meu suicídio autoral há muito tempo. Como bem disse o Felipe K, professor de literatura da UFRJ, “Depois da trilogia Um Poeta Deve Morrer, Fernando Koproski simplesmente morreu”. E se pensarmos bem, a melhor coisa que pode acontecer com um poeta é isso mesmo: morrer. Um exemplo: em Curitiba, somente depois que se morre, é que se começam a ler os livros de um autor (risos). Enquanto está vivo, a cidade se esforça por ignorar a presença do poeta de todas as formas. Parece que há mesmo um esforço coletivo pra que isso aconteça: jornalistas, outros escritores, colegas poetas, educadores, professores de literatura, livreiros, formadores de opinião e o grande público leitor – todos sem exceção precisam contribuir avidamente para dissuadir o poeta de trilhar esse caminho, o da arte genuína. Agora se você é um picareta, um embuste, uma farsa que vive de aprovar projetos no mecenato da cidade, superfaturando orçamentos de livros para garantir a sua vida confortável e aquele passeiozinho pela Europa no final do ano, aí sim você encontra espaço pra progredir. A esses farsantes a cidade oferece várias oportunidades. Basta estar disponível… Enfim, diante dessas opções o melhor mesmo é morrer. Sob a ótica do crítico de literatura General Custer, “poeta bom é poeta morto”.
Outro ponto interessante: você é também
personagem. Qual o limite entre a ficção e a vida real?
Não há limites, por isso comecei a escrever ficção.
Não há limites, por isso comecei a escrever ficção.
N’A Complicada Beleza você flerta com
diversos gêneros literários, do thriller ao romance. Você ainda
acredita na literatura dentro de rótulos?
Definitivamente, não. O trabalho criativo só tem a ganhar com a dissolução das fronteiras. Penso num poema tão aceso e livre quanto o sol dentro dos olhos do girassol. Por que fechar os ouvidos a isso? Até quando vamos amputar nossa percepção? Somos muito mais que isso. Sentimos mais alto e mais longe do que imaginamos. Diante do mar e seus movimentos, somos todos aprendizes, alunos, belas e possíveis descendências. Ainda acredito que um dia a inevitável beleza vai nos redimir de toda a gagueira, hesitação e imperfeições de nosso canto.
Definitivamente, não. O trabalho criativo só tem a ganhar com a dissolução das fronteiras. Penso num poema tão aceso e livre quanto o sol dentro dos olhos do girassol. Por que fechar os ouvidos a isso? Até quando vamos amputar nossa percepção? Somos muito mais que isso. Sentimos mais alto e mais longe do que imaginamos. Diante do mar e seus movimentos, somos todos aprendizes, alunos, belas e possíveis descendências. Ainda acredito que um dia a inevitável beleza vai nos redimir de toda a gagueira, hesitação e imperfeições de nosso canto.
http://www.aescotilha.com.br/literatura/ponto-virgula/medo-e-delirio-em-curitiba/
A COMPLICADA BELEZA:
http://www.livrariascuritiba.com.br/narciso-para-matar-aut-paranaense-lv395563/p
http://www.livrariascuritiba.com.br/cronica-de-um-amor-morto-aut-paranaense-lv395564/p
http://www.livrariascuritiba.com.br/teoria-do-romance-na-pratica-a-aut-paranaense-lv395565/p